As observações contidas nesta missiva são geradas em uma necessidade.
Nesse breve interstício do mando da direita na Bahia, em quase três anos percebemos que mais uma vez as forças progressistas e da esquerda enfrentam grandes dificuldades para realizar adequadamente as tarefas da política de governo.
O “arco” de alianças na Bahia pode comprometer o projeto original de governo?
Alem desse fato, o importante valor agregado das bases, da militância e das tendências, dos movimentos sociais, bem como das representações dos mandatos, suas proporcionalidades eleitoral; tudo isso se perde em ações políticas tímidas e ineficazes para o governo que se propõe transformador.
A trajetória histórica de oposição que não aprendeu ainda ser governo. Neste sentido, a situação só se estabelece na medida em que ocupa todos os espaços de seus organismos.
A orientação metodológica no exercício dos mandatos executivos a nível estadual deveria pautar-se em questão básica do seu ideário. Não coadunar com o carlismo na ocupação em cargos de governo. Nem mesmo sequer o mandato parlamentar indicar ou manter os resquícios de indicações carlistas ocupando chefia de órgãos estatais, nos municípios.
O “arco” de alianças na Bahia pode comprometer o projeto original de governo?
Hay que ser republicano, pero no mucho!
Afinal, dentre os desmandos e as arbitrariedades cometidas no passado, quando, investidas no poder público, supunha-se, por vaidade, guardar todos os direitos e poder em suas mãos; então, brilhou a luz de uma estrela, acesa na estrada de numerosos amargurados e sofredores baianos, brasileiros. Esperança consagradora da maioria do nosso povo!
E são neste contexto concreto que tiveram origem e desenvolvimento as presentes observações. Muito mais que uma crítica sobre o exercício dos mandatos, parlamentar e executivo, elas apontam sugestões práticas emanadas de situações reais. O exemplo da necessária consolidação no estado, da política de identidade e cidadania territorial, democrática, transparente.
Um desses questionamentos pontuado na influência do cargo de deputado na formação paritária e deliberação dos colegiados de território. Questões de ordem moral ética.
Fato recente no TESANE II – Território Semi Árido Nordeste II, frente aos interesses do município de Jeremoabo, a força de representações política de Cícero Dantas, em benefício próprio, pessoal, retirando, inclusive, do TESANE II, equipamento estruturante destinando a município de outro território – Olindina-Ba, esmagadora para biodiesel – dentre outros investimentos, somando quase dez milhões de reais.
O acompanhamento das teses de nossas tendências é um campo privilegiado para comprovar a validade dessas orientações metodológicas em nível de política de governo.
Apreender é um dever do militante filiado, é sua responsabilidade. Mas é direito dele ser orientado nesta tarefa e ajudado também como participante do processo da governabilidade. O estudo está a serviço da maturação integral da pessoa, atendendo particularmente ao seu desenvolvimento como ser pensante. Neste sentido contribui para a formação política, tão necessária na sociedade atual.
Por ciência política entendemos a busca constante de explicações e soluções, de revisão e reavaliação de seus resultados, com plena consciência de sua falibilidade e limites, configurados no desempenho do mandato.
Ademais, defendemos a inerente radicalidade democrática no exercício do poder Local. Soberanamente legítima popular. PT saudações!
Jeremoabo, julho/2009.